quarta-feira, junho 21, 2006

I'm in fiction

Como seria o mundo se toda a gente conhecesse a sua verdadeira realidade? Sem disfarce, sem mascarilha, sem armas nem poções mágicas. As coisas como elas são. Sem falsas percepções, sem o "gostava que fosse assim" e que tantas vezes faz com que tudo à nossa volta esteja envolto num agradável nevoeiro. Caminhamos, mas se não tivermos visibilidade das bermas, não faz mal, afinal ainda cabemos na estrada, e se formos em frente vamos dar algum lado. Agir como se o mapa que traçamos fosse à escala 1/1. É tão melhor criar ilusões, acreditar que a Super Amarga com um estalar de dedos e um sorriso pode fazer com que tudo vá dar aquele lugar em que me sinto a boiar de cabeça para baixo, em que basta virar-me 45º graus e sei que o sol está a brilhar e que me espera um longo dia. Adoro dias longos.
Como seria se saíssemos do nosso corpo por um dia e vizualisássemos os gestos, as palavras, o olhar que fazemos, o espelho de nós próprios...Que mudaria? Estúpida mania em pensar em termos de "Se's". As coisas como elas são. Não consigo abstrair-me, separar a minha realidade da minha ficção. Quero realizar o meu filme e ser a actriz principal, à minha maneira, a minha banda sonora, com os meus cenários e o meu Fim. Não preciso de guião.Eu sei o meu papel. Não preciso de produtor, de publicidade, não quero adereços. O mais importante: há filmes em que não se pode estar sozinho.

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Lindo.. =)

10:19 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

gosteii :) *

1:40 da manhã  
Blogger teresa.com said...

nunca tinha pensado no cinema nesses termos... realmente faz sentido! Mas sera que somos mesmos nos os realizadores da nossa vida?... Sei que somos protagonistas, e isso chega-me porque ja posso influenciar o meu personagem!

p.s. tambem adoro dias longos! A partir de hoje e ate p'ro ano, vao ser cada vez mais curtinhos...

2:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Era tudo tão mais bonito com uma euforia desmedida, as palavras certas e aquelas conversas que rumam ao mesmo sítio sem contradição. Acção e o discurso com o timing ideal. A banda sonora sempre de acordo com o estado de espírito... Mas é por a vida não ser essa esquizofrenia saudável e controlada que vamos ao cinema. Tudo assim tão harmonioso deixava de ter piada. Não queria ser buda, prefiro ser este príncipe das valetas sem reino nem mulher... certa.

3:26 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

...a verdade é que não se consegue (pode?) estar sozinho...e tu própria estás a criar..... "como seria o mundo se...." :)

...seria muito mais cru...de certeza...*

2:20 da manhã  

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