Ando confusa.
Não tenho escrito não por ter tempo, não por falta de vontade, mas por a minha vida andar num turbilhão de dados. Tenho todas as cartas do baralho e não sei o que fazer com elas. Como se fosse a jogo, sem saber jogá-lo. Não sei distinguir o que é importante para mim. Não consigo tomar decisões e ...que qualquer uma que tome, nesta fase da minha vida pode ser importante. Ando ansiosa, tenho semanas de total felicidade e outras de patinho feio. 23 anos, acabar o curso, deve ser mesmo assim não é? Coisas novas, coisas que morreram, coisas que não evoluem, coisas que andam para trás.
Ahhh, além de muitos outros, a urgência agora vai para o manual de iniciação a uma pseudo-nada-relação, passo a explicar: a amarguinha até tem jeito para muita coisa, tem desempenho quase brilhante naquelas situações que ninguém gosta e toda a gente tem vergonha mas no que toca aos ínicios, tenho pontos negativos. Perdi o jeito de conhecer alguem pela primeira vez, sinto-me uma miuda (que sei que ainda sou) virgenzinha, com medo de tudo, de estar constantemente a dar passos em falso, não sei o que dizer, não sei o que combinar, não sei até que ponto posso pedir retorno, não sei quando devo telefonar, não sei se tenho o direito de querer respostas, não sei que perguntas posso fazer, não sei uma data de coisas que fazem com que o meu desempenho geral seja assim...medíocre. Sinto que não me dou a conhecer...já nem digo o melhor, mas um bocadinho de mim no qual o feedback não fosse tao pobrezinho. Confesso que as saudades de me poder voltar a apaixonar e da possibilidade concreta de isso acontecer me tiram o discernimento para conduzir o barco a bom porto. Sinto-me estupida e profundamente descrente. Em mim e nos outros.
5 Comments:
Eu percebo-te... Perfeitamente...*
como esse primeiro parágrafo me é comum... demais até... do segundo aproveito as últimas linhas.
ainda assim não sei se gosto desta fase ou não... ou se é suposto gostarmos ou não... que piada teria se o jogo estivesse já fechado? nada nos surpreenderia e consequentemente perderia a piada e o assunto para falarmos ao fim de semana... lol
E quando se escolhe convicta do que queremos e afinal de contas não era nada daquilo, e quando planeamos e depois tudo se desmorona ... o que eu aprendi ao longo dos meus 33 .. e ainda sou uma miúda, é que a unica coisa que vale mesmo a pena é ter coragem para rir de tudo de nós. Ser sempre positivo e otimista, aceitar as derrotas da mesma forma, porque acredito que nada acontece por acaso e se te ajuda, sempre soube lidar com todas as situações, mas quando toca cá no coração, fico assim, timida, com medo, sem saber o que fazer e sabes ... até gosto dessa sensaçao de impotência.
:)
Olá, antes de mais felicito-me por regressar a esta página=)
Começo por dúvidar deste texto logo no seu início. "Não se perde o jeito" - é como andar de bicicleta, e tu eras grande ciclista=PpP
Em segundo, por certo só se é virgem até se deixar de o ser, o tempo não volta atrás. Essa fase também já passaste há muito!=P
Em terceiro, não há nada de adolescente nesses comportamentos que referes. Cada momento é um momento e tem tanto de diferente como de réplica. Estamos sempre a nadar no mesmo. Alguma vez deixaste de não saber se deves ou não ligar, etc, etc? ....duvido!
Força souaamarga, os deuses estão contigo, assim como as fúrias. Cabe-te escolher o caminho da luz ou o da perdição.
faz já algum tempo que não vagueava pelos lados dos blogs... é bom voltar ;)
quanto ao teu post,
não sei se lhe podemos chamar "síndrome dos 23" mas o que é certo é que sinto o mesmo! tal como a maior parte de nós! vemo-nos uns aos outros sem nenhum de nós saber muito bem o que fazer a seguir... alguns já acabaram os cursos, outros (como eu) ainda os estão a acabar :D mas talvez "por osmose" já sentem o mesmo...
é complicada esta fase das nossas vidas mas (como diz o zé) será que é suposto gostarmos?!
é uma descoberta... é uma aventura...
Boa sorte para o futuro, seja ele qual for ;)
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