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Ando confusa.
Não tenho escrito não por ter tempo, não por falta de vontade, mas por a minha vida andar num turbilhão de dados. Tenho todas as cartas do baralho e não sei o que fazer com elas. Como se fosse a jogo, sem saber jogá-lo. Não sei distinguir o que é importante para mim. Não consigo tomar decisões e ...que qualquer uma que tome, nesta fase da minha vida pode ser importante. Ando ansiosa, tenho semanas de total felicidade e outras de patinho feio. 23 anos, acabar o curso, deve ser mesmo assim não é? Coisas novas, coisas que morreram, coisas que não evoluem, coisas que andam para trás.
Ahhh, além de muitos outros, a urgência agora vai para o manual de iniciação a uma pseudo-nada-relação, passo a explicar: a amarguinha até tem jeito para muita coisa, tem desempenho quase brilhante naquelas situações que ninguém gosta e toda a gente tem vergonha mas no que toca aos ínicios, tenho pontos negativos. Perdi o jeito de conhecer alguem pela primeira vez, sinto-me uma miuda (que sei que ainda sou) virgenzinha, com medo de tudo, de estar constantemente a dar passos em falso, não sei o que dizer, não sei o que combinar, não sei até que ponto posso pedir retorno, não sei quando devo telefonar, não sei se tenho o direito de querer respostas, não sei que perguntas posso fazer, não sei uma data de coisas que fazem com que o meu desempenho geral seja assim...medíocre. Sinto que não me dou a conhecer...já nem digo o melhor, mas um bocadinho de mim no qual o feedback não fosse tao pobrezinho. Confesso que as saudades de me poder voltar a apaixonar e da possibilidade concreta de isso acontecer me tiram o discernimento para conduzir o barco a bom porto. Sinto-me estupida e profundamente descrente. Em mim e nos outros.