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Esta noite não conseguia dormir, aqui onde estou, o vento é tão forte, que parecia que a minha cama estava no porão da caravela de Bartolomeu Dias a passar o Cabo da Boa Esperança. Todo o tipo de barulhos para atormentar o meu sono ainda não alinhado e muito menos tranquilo. E a chuva foi uma constante nesta equação de finais de Novembro. Digo eu que gosto de tempestades...liguei o rádio e tentei assim adormecer devagarinho, pensei em letras de músicas que gostava de fazer, enviei mensagens trocadas, divaguei por encontros que nunca aconteceram e já perto das seis tudo acabou e a paz deu lugar a este início de dia deprimente. O mar está cinzento, revolto, triste, agressivo. Eu não, acordei conformada com mais um fim de semana invernoso de Novembro. Este vazio descolorido preenche-me. Na verdade, e agora e talvez contra sempre tudo aquilo que eu penso (porque não conseguiria (sobre)viver muito tempo sem sol) , não desejaria outro tempo. Está tudo tão estranhamente simétrico.
Coloquei esta fotografia, para todos aqueles que, como eu, não conseguem (sobre)viver sem sol e viagens. Fui eu que tirei em Corfu (Grécia) este verão, era a vista do meu quarto.Passado uma hora depois de a ter tirado, o céu vestiu-se com as mesmas cores que traz hoje e eu vi um tornado no mar, incrivelmente bonito e inesquécivel.